Uma
pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em maio revelou o grande número de
casos de abuso sexual sofrido por crianças no Brasil. De acordo com os dados do
Ministério, o abuso sexual é o segundo tipo de violência mais praticada contra
crianças de até nove anos no Brasil, ficando atrás apenas de negligência e
abandono.
Diante
da crescente discussão sobre o tema no país, inclusive no âmbito religioso, tem
crescido o número de debates sobre o assunto em discussões que visam proteger
as crianças dessa violência e também tratar aquelas que passaram por esse
trauma.
O
evangélico Eduardo Rocha, presidente da Associação de Amigos da Missão
Infantil, ressaltou em entrevista ao The Christian Post a importância do
assunto ser discutido dentro das igrejas e do papel das lideranças religiosas
no suporte às vítimas desse tipo de abuso.
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Devemos falar sobre estes assuntos com franqueza e autoridade, compreendendo
que para Deus e em sua Palavra existe esta importância para o tema – afirmou
Rocha.
Eduardo,
que já sofreu abuso sexual quando criança, falou sobre o papel da igreja quanto
ao tema bem como ofereceu conselhos aos que já sofreram de abuso sexual. Ele
afirma que alguns dos meios para evitar que a criança sofra abuso sexual são
tomando ações preventivas e também fazendo oração.
O
líder cristão conta que sofreu abuso sexual aos 5 anos de idade e, aos 11 foi
abandonado pelo pai. Entre os diversos problemas que enfrentou ao longo de sua
vida ele menciona ter passado pelo homossexualismo, mas ressalta ter conhecido
o poder do perdão depois de se converter ao Evangelho.
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Perdoar a pessoa que o agrediu (o que NÃO significa deixar a pessoa impune para
que ela seja disciplinada pelo que fez) também é parte fundamental na superação
deste trauma – ressaltou o líder cristão.
Eduardo
Rocha aconselha que as pessoas que sofreram de abuso sexual falem com alguém de
confiança, que tenha “maturidade e propriedade para ouvir e tratar do assunto”,
e também que pratiquem o perdão de quem as agrediu como parte fundamental na
superação do trauma. Ele, porém enfatiza a necessidade de que o culpado receba
o devido tratamento de punição e disciplina.
Fonte:
Gospel+