Mostrando postagens com marcador Fabio Mesquita. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Fabio Mesquita. Mostrar todas as postagens

14 de janeiro de 2013

[Fabio Mesquita] O Ladrão de Sonhos


Fabio Mesquita, publicitário (Grão Novo)
Jesus foi tentado! Narra o evangelista Mateus em seu livro no capítulo 4. E uma das partes do texto que julgo de um valor surpreendente para uma reflexão é a sentença: “Tudo isto te darei, se prostrado, me adorares”.

É curioso que o diabo, oferece o mundo a Cristo, se ele desistir de sua missão. É interessante observarmos a palavra “adorares”, que é o foco de onde está o nosso coração, a nossa mente, a nossa fé e a nossa razão.

Se Jesus Cristo desistisse de tudo e aceitasse adorar o diabo e recebê-lo como mestre e guia, o mundo, suas riquezas, maravilhas seriam dele.

O que significa o poder da adoração?
A cena retratada pelo evangelista é bastante interessante por dois motivos. De um lado o “ego” de Satanás, sua suposta missão, o surpreendente valor de seu encontro com Cristo. Suas informações a respeito de quem ele era e sabendo ele qual seria o foco de Cristo em sua jornada. Do outro lado, existe a missão de Cristo, sua obra, sua visão, sua essência, seu objetivo, suas metas, seu trabalho, tudo que ele sabia que estava para ser construído.

Cristo tinha o pleno conhecimento de sua árdua missão. Mas ali, no meio daquele deserto, durante os massacrantes 40 dias de jejum, uma oferta maravilhosa para trocar os seus sonhos pelo simples fato de aceitar o Diabo e adorá-lo.

Outro fato curioso de Cristo diante da sua missão é o seu conhecimento. Em cada resposta, Cristo não revela seus objetivos, ele demonstra domínio, sabedoria, equilíbrio emocional e conhecimento conceitual das lições que teve que aprender para se submeter ao seu sonho. E Cristo sabia muito bem que aquele deserto era apenas mais um passo da sua preparação.

É curioso que cenas parecidas com essas acontecem na vida da gente todos os dias.

Quantas vezes você já procurou pessoas, ou familiares, ou amigos, ou simplesmente conhecidos e expressou algum objetivo pessoal e de repente vem, questionamentos desnecessários, uma lista de dificuldades imaginárias (porque as dificuldades reais só quando atravessamos as situações é que as conhecemos de verdade), uma lista de cuidados ou uma lista de recomendações para o sucesso, listada por pessoas que não se dispõem a sonharem porque sabem que não vão pagar o preço que a vida há de exigir.

Imagine você, quantos médicos deixaram de existir, quantos advogados não estão trabalhando, quantos engenheiros não estão construindo, quantos professores não estão multiplicando talentos porque preferiram acreditar no “não” do impossível, e se mutilaram porque acharam que não conseguiriam chegar lá, e antes mesmo de começarem a sonhar já se eliminaram por se julgarem inferiores ao sonho desejado. Sucesso todo mundo tem uma receita, mas poucos comem desse bolo.

Digo isso porque, uma primeira lição para o sonhador é sonhar em silêncio. O silêncio é a arma mais poderosa que temos contra os ladrões de sonhos. Diz Sun Tzu em seu Livro A Arte da Guerra que: “Faze com que teus planos sejam obscuros e impenetráveis como a noite e, quando te moveres, cai como um relâmpago.” E isso não é para menos.

Os sonhadores sofrem. Os sonhadores de verdade são aqueles que planejam. Os sonhadores são empreendedores. Tem outros motivos para a motivação, não se satisfazem com o pouco, sua ambição é salutar e coletiva, seu sucesso é consequência e o grande prêmio é o resultado de suas mãos.

Os sonhadores sofrem. Sofrem porque precisam catequizar multiplicadores dentro de uma visão, precisam educar, curar, sarar feridas, envolver pessoas, alinhar ideias, transpassar as dificuldades dos “não” sonhadores e materializar no lúdico, o sonho na mente dos multiplicadores.

Os sonhadores sofrem. Sofrem porque estão dispostos a entregar a vida. Não se satisfazem com o fracasso, caem, mas sabem se levantar. Olha para os erros e tiram o seu nectar, sua poupa, seu extrato e faz do fracasso uma ferramenta para construir um novo futuro, começando do zero de novo, e de novo, outra vez de novo.

Os sonhadores morrem. Morrem quando a missão exige, não abrem mão de sua ética, morrem por ela, e a verdade é o combustível que move aquele que sonha e sabe que pode realizar.

Felizes são os que sonham porque deles pertencem o futuro
Não foi diferente com Cristo. Cristo foi o maior sonhador que esse mundo já viu. Maior? Sim, o maior. O maior porque reza sua história que foi com o seu sangue que cumpriu tudo aquilo que entregou para seus multiplicadores. Com a própria vida afirmou sua verdade, e com os cortes na sua carne deixou claro que quando se tem uma missão a cumprir é para frente que se anda.

Cristo foi o maior sonhador deste mundo. Maior? Sim, o maior. Teve todas as chances para desistir, “Pai afasta de mim esse cálice”, mas não desistiu. Era a sua missão, a sua vontade, o que tinha que ser feito, o cumprimento do verbo, fazer valer a palavra.

Só quem sonha chega ao final. Quem sonha ressurge. Quem sonha ressuscita. Quem sonha renova a vida. A dor é um obstáculo, mas o final é valoroso.

E por não ter desistido, Jesus Cristo assume o papel de ser Deus. Ele é Deus. Deus não desiste nunca. Deus cumpre seu papel.

Cuidado com aqueles que te oferece o mundo em troca de algo. Mesmo que aos olhos esse algo seja valioso, importante, imponente. Cuidado com quem oferece algo em troca de seus planos.

Saiba que só os fracassados e os que têm medo de vencer, por causa do preço da dor, são aqueles que impedem o teu raciocínio e falam pedras que abalam o seu ânimo contra os seus pensamentos.

Só os fracassados roubam o teu tempo, colocando empecilhos que te tardam rumo ao preço que a vida exigirá para a concretização dos teus pensamentos.

Cuidado com quem você conta seus planos. Cuidado com quem você fala seus sonhos. Os ladrões de sonhos estão por toda parte. Porque neste mundo, muitos são os que sonham, mas poucos são os que chegam até o final.

Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo

13 de novembro de 2012

[Fabio Mesquita] Uma lição sobre Judas Iscariotes


Se, com base em uma análise errada, as ações são executadas; as consequências podem ser catastróficas e muitas vezes irreversíveis.

Fabio Mesquita, publicitário | Foto: Divulgação


Outro dia me vi pensando em Judas Iscariotes. Sim, o traidor de Jesus Cristo. Aquele que com um beijo levou o seu mestre à morte e depois, tomado pelo remorso, cometeu suicídio.

Um fato curioso e uma pergunta que para mim não quer calar: Como uma pessoa que trai por dinheiro, por ganância, pode ter um remorso tão forte ao ponto de devolver o dinheiro recebido e causar a própria morte?
O que posso concluir é que isso se deu pelo simples fato da má análise feita por Judas a respeito da pessoa de Cristo.

É bem verdade que, durante as narrativas dos evangelhos, os evangelistas em algumas pautas listam más condutas de Judas, tais como suas observações equivocadas, seu comportamento fora do contexto geral e sua falta de compromisso com a visão geral do grupo. Porém, ele foi um escolhido como qualquer outro, e posso afirmar uma certa comodidade para a função que ele exercia por ter recebido do próprio líder  fato que podemos conferir no Evangelho de Mateus 10:4.

Mas algumas reflexões são cabíveis. A primeira é sobre o conhecimento de Judas sobre a divindade de Jesus Cristo. Judas acompanhara muitos feitos, como pessoas doentes sendo curadas, o Cristo ressuscitando pessoas que tinham morrido e até mesmo acalmando a natureza e andando sobre as águas.

Era de conhecimento de Judas os vários eventos sobrenaturais que habitavam na pessoa de Cristo, e outros fatos que posso concluir que eram de seu conhecimento por se tratar da própria história dos Judeus. Fatos de como eles foram libertados no passado pelos impérios que os dominavam. E, mais uma vez, o povo estava sendo explorado por outro império, e eles esperavam um novo salvador. E, em Cristo, havia um mistério. Havia elementos que justificavam a reflexão do poder sobrenatural para a libertação do povo.

Mas Judas tinha um outro elemento, a ganância. Claro que ele não iria facilitar ou criar um plano para que os Sacerdotes da época  pegassem o Cristo, de graça. Quanto vocês me pagam? Essa foi a pergunta. E, segundo alguns estudiosos, Jesus valeria muito mais.

Porém, para se cumprir a profecia assim se fez. E duas constatações se fazem necessárias aqui. Uma é a de Jesus afirmar que poderia o céu se abrir e um exército de anjos o salvar (Mateus 26:56); a outra é que o plano de Judas foi por água abaixo, no momento em que ele afirma em Mateus 27: 4, dizendo: pequei entregando sangue inocente. Na minha visão não se trata apenas de uma expressão de remorso, de decepção ou de um ato falho, está implícito também a seguinte sentença: “não era o que eu pensava”. Não aconteceu o que ele esperava, ou seja, Judas esperava algo diferente, algo que acontecesse no momento em que Jesus Cristo fosse preso pelos centuriões.

Uma má interpretação dos fatos. Na vida, precisamos ter essa percepção antes de consolidarmos os passos errados, precisamos estudar e avaliar bem as ações que se fazem necessárias para atingirmos os nossos objetivos, e se tais ações trouxerem consequências questionáveis ou o planejamento abre espaço para resultados que poderão deixar o estrategista vulnerável, uma nova reflexão se faz necessária antes do primeiro passo.

No mundo do planejamento, o estrategista precisa ter essa ciência. A ciência de analisar e de perceber que se a coisa não vai ser ou pode não ser, como se espera, um plano ou C, deve está engatilhado para a recuperação da situação antes da finalização do processo.

Muitas vezes, mudar o rumo se faz necessário para se atingir os objetivos desejados. Analisar bem cada escolha é ser inteligente e eficaz.

Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo


16 de outubro de 2012

[Fabio Mesquita] A Ambição de Jesus Cristo


O QUE O PODER DE ALINHAR O PENSAMENTO COM DEUS É CAPAZ DE FAZER NA VIDA DE QUALQUER PESSOA.

Davi, o famoso e querido rei de Israel, recentemente personagem de minissérie para a televisão brasileira, proferiu em seus salmos poéticos um texto que é muito curioso para a nossa reflexão. Davi diz: bem-aventurado o homem cuja a força está em Ti (Deus) e cujo coração está nos caminhos aplanados, o qual passando por um vale árido faz dele um manancial,  e com as primeiras chuvas enche todos os tanques.

É um texto que representa uma característica clara da pessoa de Cristo. A capacidade de transformar lugares, situações, momentos, de situações adversar a situações favoráveis.

Outro fato que considero importante para defender esse tema é a constatação do médico Lucas. O qual, em seu evangelho,  ressalta um detalhe curioso sobre a história de Cristo. O evangelista deixa claro que Cristo crescia em conhecimento, em sabedoria e em estatura. Por estatura, além da questão física,  atribuo a questão da maturidade da idade.

Vamos somar com um terceiro elemento. Vamos fazer uma breve reflexão sobre um dos primeiros discursos de Cristo em sua caminhada, o famoso Sermão da montanha. Como ele traz  luz às questões da ética, da moral, da vida em comunidade, em sociedade e, principalmente, do relacionamento do homem com Deus.

E, no mesmo Sermão, para cada sentença dada, Cristo ressalta a conquista, a vitória pela paciência, pelo respeito do tempo, por dedicar atenção e alinhar suas ideias, pensamentos e convicções para o senhor que criou os Céus e a Terra.
O que Cristo busca e que, para mim, é uma grande verdade em sua trajetória é que o segredo do sucesso da vida está em alinharmos o pensamento de cada um de nós com a pessoa de Deus.

Para isso, a fé é o caminho para tal sucesso. Diz o misterioso autor de Hebreus: “A fé é a certeza das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se vêem”.

Cristo deixa claro em um dos seus discursos sobre o poder sobrenatural da fé para a vida, quando afirma que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda, poderemos ordenar para um monte que ele vá de um lugar para outro, e o monte há de nos obedecer.

A fé é o instrumento de sucesso para vida de qualquer pessoa. Com base nessas observações, crescer na fé, estudar a fé, treinar a fé e desenvolver a fé em cada um de nós é o segredo para conquistarmos os nossos sonhos, seja material, seja profissional, seja intelectual, seja qual for o desejo de crescimento que habite no nosso coração. E para esse exercício, Cristo deixa uma outra observação, a importância do cuidado com o nosso ânimo.

Cristo venceu o mundo e instrui todas as pessoas a ter o bom ânimo. Aqui, mora a sua ambição, a vitória de todos que acreditem nele. Crer nas palavras, nos ensinamentos, nas pessoas e na missão de Cristo e crer que se pode vencer e ter bom ânimo é o segredo que motiva para a vitória de cada um de nós.
A verdade sobre as pessoas ambiciosas é saber que na essência delas habita o desejo imoderado pela vitória. É saber que há a aspiração, a pretensão, a vontade pela conquista.  O ambicioso  tem a característica do pensamento coletivo. Ao contrário do ganancioso, que é pessoal e intransferível.

A missão de Cristo era e é a sua ambição. Ele quer que o mundo conheça a verdade e quer que o mundo se alinhe com Deus. Se alinhar com Deus significar se alinhar com a vida. Significa se alinhar com o sucesso e a tranquilidade para os nossos corações, se alinhar com as conquistas e, principalmente, se alinhar com a felicidade, mesmo que isso cause a dor da maturidade, e esta será causada!
Em Cristo há o despertar para a vitória, assim como o despertar para o desenvolvimento da fé que cada um necessita para alinhar sua vida e seus pensamentos com Deus. Alinhar seus sonhos com Deus é o segredo da vitória para a vida de qualquer pessoa e essa é a provocação que Cristo deixa para as nossas vidas.

É esse alinhamento que podemos igualar à capacidade de transformar situações. É alinhando o nosso pensamento com Deus que podemos justificar a nossa força em Deus e ordenar os nossos corações conforma  a vontade e a realização Dele nas nossas vidas. Com isso, quando passarmos por vales áridos, façamos deles verdadeiros mananciais.

A ambição de Cristo é que todos vençam!

Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo

24 de setembro de 2012

[Fabio Mesquita] A Arte do Carpinteiro


O OFÍCIO DA ESTÉTICA, DA FUNCIONALIDADE DA PROPOSTA DA BELEZA, ONDE A HARMONIA DO TALENTO CASA COM O CÁLCULO PARA O RESULTADO.


Foto: Fabio Mesquita (Grão novo)
É interessante quando Musashi, grande Samurai Japonês, da era em que os samurais eram uma espécie de cavaleiros medievais para o Japão, escreveu em seu livro: O Livro dos Cinco Anéis, uma feliz comparação entre a arte militar e a arte do carpinteiro.  Musashi diz: “Se tem pleno domínio das técnicas e primam pela excelência em seu ofício, executando com exatidão as medidas, tornar-se-ão posteriormente mestres-carpinteiros.”

         Para Musashi, assim ele conceitua, que carpinteiro, em sua cultura “daiku”, significar “O Grande planejador”. É bem curioso a simplicidade dessa arte diante da grandiosidade desse conceito. Que nos provoca uma bela reflexão sobre a primazia da exatidão com que se exerce um ofício.

         O fato é  que o texto remeteu- me a pessoa de Cristo. Quando Deus escolhe a mulher, a qual irá dar a luz ao seu filho, ele escolhe, justamente, uma mulher cujo destino está traçado para viver com um carpinteiro. Cristo, que nasce como fruto de um ato divino, provocado pelo Espírito Santo. Nasce dentro de uma casa onde o ofício é a carpintaria. Que curioso tal fato. Para mim, casa a grandiosidade da sua missão com a essência desse conceito traduzido por Musashi.

         Vejo que há muita relação. Há uma ligação direta entre a pessoa do Cristo e a arte da Carpintaria. Este homem, que  nasceu para impactar uma geração,  veio com a proposta de libertar um povo no campo das ideias, no campo do raciocínio e da compreensão do conceito de Deus, por maio de suas propostas, sua vida, suas lições e principalmente da aproximação dos homens com o ser divino.

         Cristo foi um expert da arte do planejamento. Um homem que surge em uma era cheia de grandes limitações técnicas em comunicação, em infra-estrutura e em mobilidade acaba se valendo de todos os recursos cabíveis de sua era para trasformar um deserto em um verdadeiro manancial de explosões provocativas para a cultura de sua época.

         Por ser um estrategista, nada impediu Cristo de realizar sua missão. Por conhecer seu cenário, conhecer os mecanismos e saber do impacto de cada ação, Cristo vai a frente, construindo sua mensagem de forma inovadora, surpreendente e se valendo dos canais de comunicação de massa que a sua era possuía.

         Quem planeja não encontra limites. Quem planeja encontra a transformação das dificuldades em oportunidades para a realização de seus objetivos. O interessante dessa ideia é a base da carpintaria. A importância dele ter passado por lá. Deus, sumo conhecedor de tudo, e, sabendo da grande missão que Cristo haveria de encarar,  levou- o de forma propositada para ser filho de um carpinteiro. Lá, Cristo pode exercer a ideia do plano criativo. Ver uma peça de madeira como uma cadeira, mesa, banco ou algo parecido, antes mesmo da peça nascer. Isso é o espírito estratégico. Ter a oportunidade de visualizar o objetivo desejado, concretizado, mesmo ainda nos primeiros pontos pré-estabelecidos. Nada foi atingido, mas o estrategista já vê o resultado alcançado.

         Na carpintaria, há a necessidade direta do cálculo matemático. Para que o objeto que ainda vive no plano da ideia ganhe forma, função e existência, a matemática precisa entrar em campo para que cada encaixe ganhe as devidas e corretas formas, para que cada detalhe se aplume de forma harmônica e perfeita, para que o objeto desejado assuma a sua função no mundo.

         Na carpintaria, aprende- se a respeitar o tempo. Para cada projeto, cada meta, cada trabalho, há um tempo que se vale e se faz necessário para que o que mora do campo das ideias ganhe formato. O tempo é o senhor da perfeição.

         Para cada ponto do projeto, há o custo necessário para  a sua realização. Quando se sonha e quando se tem alvo para ser atingido, o custo do investimento deverá ser calculado para que não haja interrupções desnecessárias e que o projeto não perca a sua essência.

         É na carpintaria que se busca o belo. A beleza ganha função na vida das pessoas. A cadeira, a mesa, o móvel central, tudo tem uma função prática e uma beleza exclusiva que a torna única, intrasferível, pessoal e que dá mobilidade a vida. Torna a vida simples. O belo faz da vida um mecanismo mais simplicado para ser seguida.

         É na carpintaria que encontramos a proposta da estética aliada a uma função prática funcional e a necessidade do cálculo para a construção e trazer ao tangível o objeto imaginado.

         É na carpintaria que o carpinteiro conhece sua limitações técnincas. É lá onde ele trabalha sua arte, conhece até onde pode ir e trabalha para se aperfeiçoar e, com isso, busca o pleno desenvolvimento e se torna um carpinteiro-mestre.

         Segundo Sun Tzu, em seu Livro a Arte da Guerra, “O General que perde a batalha faz apenas poucos Cálculos de antemão.  Assim, muitos cálculos levam à vitória e poucos cálculos, à derrota.” Ou seja: O cálculo está em relação direta com o belo, com a vitória e com a paz.

         Trocando em míudos: nós, os estrategistas de hoje, temos de cumprir nossa missão com o mesmo rigor do carpinteiro, conhendo bem nossos limites e aperfeiçoando-nos sempre para transcedermos as nossas limitações, com humildade, sabedoria e análise, conhecendo bem o cenário e transformando dificuldades em oportunidades.


Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo

10 de setembro de 2012

[Fabio Mesquita] Um conto responsável

Foto: Divulgação

É bem curiosa a narrativa bíblica a respeito da origem da humanidade. A história do gênesis nos apresenta o ápice da criação divina. A tradução de Deus em sua plenitude e sua representatividade na transcrição de sua imagem e semelhança.
Mas Deus tem uma relação clara, objetiva e bem precisa com a perfeição, com a realização, com o trabalho, com a produção e, claro, com o exercício da responsabilidade.

A árvore do conhecimento posta na tal narrativa representa bem isso. Você é responsável pelas escolhas que faz. E para cada escolha, um novo conhecimento. E, para cada conhecimento, uma nova responsabilidade.
Deus coloca isso para Adão. A tarefa do cuidado com o jardim. O exercício criativo de batizar os seres existentes e a responsabilidade de cuidar, não tocar e preservar- se diante de tal conhecimento.

Adão estava munido da responsabilidade. Nele habita o temor pela sentença proferida e, claro, o não querer passar pelas possíveis consequências de quebrar tal ordem. Quem dá a ordem tem o dever de cobrar o resultado. Só quem pode cobrar é o responsável pela ordem.

O fato é curioso, o elemento da tal serpente. Quando a serpente vai cobiçar, atiçar o distrato da ordem, é bem peculiar que ela fosse na ponta onde a ordem tenha sido apenas transmitida, porém não responsabilizada, ou seja, Eva. Ali se tinha o conhecimento da ordem, o obedecer pela transmissão verbal da sentença por Adão, pelo respeito a Adão, mas não pela responsabilidade. A responsabilidade estava com ele e não com ela.
Ficou fácil para a Serpente. Ela era o ponto fraco. Então foi só re-estruturar a sentença dada por Deus. Questionar a construção verbal e fazer o bom e velho jogo entre palavras e significados. A boa e velha indução pela sentença. Para outros, manipulação.

Bingo! A ordem foi quebrada. Adão não era o ponto para se conseguir tal feito. Em Adão estava a responsabilidade. O não viria e a ausência do questionamento também, porque nele estava a ordem.
Sempre  em nas nossas empresas, nos nossos trabalhos, nossos estudos ou, em fim, na nossa vida, processos serão quebrados por aqueles em que a responsbilidade não habita.

Vamos refletir com  cuidado sobre as missões que temos, sobre com quem estão as missões dos nossos empreendimentos. Cada empresa tem uma missão de ser, uma razão para existir e um sonho para realizar. Muitas vezes pecamos, porque contratamos pessoas simplesmente pelo currículo e não pelo grau de responsabilidade a que ela venha ter com a nossa marca. Não nos importamos  se as pessoas que contratamos estão entendendo e se querem viver o sonho que os nossos empreendimentos oferecem.

Não basta saber da missão. Temos de fazer parte do sonho que a missão propõe, do desafio que a missão promove e devemos ver o futuro que a missão projeta.

Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo

21 de agosto de 2012

[Fabio Mesquita] Planejamento segundo Jesus Cristo


Foto: Divulgação
Um texto curioso. Simples, mas com um forte impacto reflexivo. A Parábola acerca da Providência. Texto único encontrado nas narrativas de Lucas. O texto nos apresenta uma série de pontos com base na percepção administrativa e da construção de metas para a vida. O problema da escolha e os caminhos que se apresentam diante da nossa tomada de decisão.

O primeiro ponto para que chamo atenção é a palavra “Providência”. Segundo Soares Amora (Dicionário, 4º Edição, Editora Saraiva), “Providência” é a suprema sabedoria com que Deus governa e dirige todas as coisas. Prevenção é providência.

Duas palavras destacadas por Amora e referidas com relevância  nos dão uma tradução direta para a questão:  “governo” e  “dirição”. Governar e dirigir são pilares mestres da administração. São elementos da base, da essência do planejamento, porque planejar é agir com providência. Planejar é ter o ato de prever nas mãos. É o mesmo que trilhar o caminho do futuro, não pela adivinhação, mas pela análise do cenário, pela interpretação dos fatos e pela compreensão dos ditados da vida.

 O texto que encontramos em Lucas 14:25-35 traduz uma série de elementos que vão do aspecto comportamental até a prática e a execução das escolhas.  Para cada escolha, há uma direção. Para cada escolha, há um governo.
Quando eu escolho construir uma família, eu escolho por governar.  Quando eu decido abrir uma empresa, eu estou decidindo por governar. 

A primeira lição que o texto nos apresenta é a lição da consequência da escolha. No caso, o texto implica o ato ou o fato de ser um discípulo de Cristo. Tal escolha trata consequências que exigirão maturidade, firmeza e paciência. O que Cristo deixa claro é que fazer uma escolha é estar disposto a abrir mão das outras opções e estar preparado para as mudanças que a escolha trará.

No texto, quem quiser ser discípulo deve tomar a sua cruz, tomar a sua responsabilidade, aceitar a sentença. Por isso,  no processo decisório, as análises externas e internas se fazem fundamentais. O cenário que se apresenta a nossa frente deverá ser cuidadosamente analisado para se dar o passo certo.
Aí, o texto se faz provocativo: “Se algum de vós está querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?”

Ou seja, para cada escolha, um plano se faz necessário. No caso, o planejamento financeiro é quem dará a velocidade da obra, e os controles supervisionam o desempenho.

A narrativa de Cristo torna- se ainda mais surpreendente quando conduz  a parábola para a questão da análise crítica do cenário e para as decisões políticas que se fazem necessárias quanto ao tocante àquele que governa.
“Qual é o rei que, indo para combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? Doutra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.”

É prudente quem sabe analisar e respeitar o tempo. É prudente quem planeja e sabe que através do planejamento o tempo pode ser abreviado, administrado, e é o planejamento que norteia o sucesso e interrompe o fracasso.
Planejar é saber a hora de dar o passo. Planejar é reconhecer o tamanho da perna e reconhecer a capacidade para um bom desempenho. É conhecer bem os pontos de vitória, os pontos de fracasso e saber reconhecer as ameaças e transformá-las em oportunidades.

Gestor inteligente se vale da humildade antes da tomada de decisão. Ser humildade nada mais é do que ter domínio de si e saber a hora certa de ir em frente ou não.
Tal fato se dá pela soma do foco com a organização e com a disciplina. Gosto de Carlos Alberto Júlio, em seu livro “A Arte da Estratégia”, no qual ressalta que pior do que uma estratégia rasa é não ter estratégia nenhuma. E, parafraseando Júlio, planejar é o caminho mais rápido para alcançar os seus objetivos, minimizar os fracassos e poder estabelecer os próximos passos da vida.

O mestre Cristo é sublime em apresentar a arte da escolha. E torna-se ainda mais relevante quando encerra sua narrativa no foco da missão do sal.
“Bom é o sal, mas se tornar-se insípido, como restaurar-lhe o sabor?”
Quem planeja tem a dose para o sucesso. Tem a arma de conquista nas mãos e tem a oportunidade de fazer diferente e de fazer a diferença.

Fábio Mesquita Torres | Publicitário da Grão Novo

[Fábio Mesquita] Conheça o novo colunista do Mix Gospel Ceará

Foto: Divulgação
Fábio Mesquita Torres é publicitário há mais de 15 anos atuando na Cidade de Fortaleza. Cursou Comunicação Social - Publicidade e Propaganda na Faculdade Nordeste (Fanor), e trabalhou em várias Agências de Propaganda.

Atuou como Coordenador de Marketing na Unicred – Cooperativa de Economia e Crédito dos Profissionais de Saúde de Fortaleze e foi Gerente de Marketing da Unânime - Cooperativa de Economia e Crédito dos Servidores Públicos do Poder Executivo do Estado do Ceará. Estudou Administração de Empresas na Faculdade Lourenço Filho - FLF, e é Palestrante de marketing e propaganda, onde apresenta várias provocações para o mercado nas principais livrarias da cidade.

Assim como, já se apresentou no CRECI-Ce, Tribunal de Justiça do Estado do Ceará e outras instituições em Fortaleza. É membro correspondente dos Administradores.com  e membro associado a APP Brasil – Associação dos Profissionais de Propaganda do Brasil.

Atualmente, publica textos no Portal O Divulgador, Jornal Ágora Peruíbe de São Paulo e Mix Gospel Ceará. Prestou serviços de comunicação para empresas como Aço Cearense e é autor da Marca Grão Novo, onde oferece serviços de assessoria em comunicação e marketing para as empresas do mercado local.

É pesquisador das vertentes e dos resultados da Propaganda e da Comunicação Integrada ao Marketing.

Mix Gospel Ceará | Fabio Mesquita