1 de setembro de 2011

Proporção de católicos volta a cair no Brasil; crescem evangélicos e ateus

Segundo estudo da FGV, católicos
são 68,4% da população brasileira,
contra 73,8% em 2003
A Igreja Católica voltou a perder adeptos no Brasil, enquanto cresceu a quantidade de evangélicos e de pessoas que se declaram sem religião, aponta estudo publicado nesta terça-feira pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.

Segundo o Novo Mapa das Religiões, coordenado pelo pesquisador Marcelo Néri, os católicos passaram de 73,8% da população em 2003 para 68,4% em 2009 - uma queda de 5,4 pontos percentuais.

Ao mesmo tempo, os evangélicos passaram a representar 20,2% da população, contra 17,9% em 2003. O grupo dos “sem religião” (ateus e agnósticos), que era de 5,1% em 2003, subiu para 6,7% em 2009.
O levantamento foi feito a partir de dados de mais de 200 mil entrevistas da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE.


A queda na participação dos católicos na população vem sendo lenta, porém constante, desde o início do século passado, mas havia se mantido estável na medição anterior da FGV, entre 2000 e 2003.

Ao mesmo tempo, os evangélicos passaram a representar 20,2% da população, contra 17,9% em 2003. O grupo dos “sem religião” (ateus e agnósticos), que era de 5,1% em 2003, subiu para 6,7% em 2009.
O levantamento foi feito a partir de dados de mais de 200 mil entrevistas da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), do IBGE.


A queda na participação dos católicos na população vem sendo lenta, porém constante, desde o início do século passado, mas havia se mantido estável na medição anterior da FGV, entre 2000 e 2003.



No que diz respeito à divisão geográfica, a maior concentração de católicos é nos Estados do Nordeste brasileiro - no Piauí, 87,9% da população é católica, contra 68,4% da média nacional.


“Os dados demonstram claramente que a velha pobreza brasileira (como áreas rurais do Nordeste, mais assistidas por programas sociais) continua católica, enquanto a nova pobreza (como a periferia dessasistida das grandes cidades) estaria migrando para as novas igrejas pentecostais e para os segmentos sem religião”, diz o estudo da FGV.

Ao mesmo tempo, porém, a renda familiar per capita dos evangélicos é 6,9% inferior à dos católicos - justamente pelo fato de o catolicismo ainda ter presença relevante na elite econômica brasileira.
Com relação aos gêneros, as mulheres brasileiras, ao mesmo tempo em que são mais religiosas do que os homens, hoje são menos católicas: entre os que possuem religião, 75,3% dos homens são católicos; entre as mulheres, esse índice cai para 71,3%.


“Enquanto os homens abandonaram as crenças, as mulheres trocaram de crença, preservando mais do que eles a religiosidade”, diz a pesquisa.



Fonte: BBC Brasil